quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Trinidad muito além do azul

(Foto: Naila Oliveira)

(Foto: Mariana Dantas)

(Foto: Naila Oliveira)

(Foto: Naila Oliveira)

(Foto: Naila Oliveira)

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Trinidad em azul e inspiração

(Foto: Naila Oliveira)

(Foto: Adriana Bittencourt)


(Foto: Naila Oliveira)

(Foto: Naila Oliveira)

(Foto: Bel Ramalho)

(Foto: Bel Ramalho)

(Foto: Mariana Dantas)

(Foto: Naila Oliveira)

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Havana em branco e preto

(Foto: Mariana Dantas)
(Foto: Mariana Dantas)

(Foto: Mariana Dantas)



(Foto: Naila Oliveira)


(Foto: Mariana Dantas)




(Foto: Mariana Dantas)



(Foto: Mariana Dantas)




(Foto: Mariana Dantas)


domingo, 23 de janeiro de 2011

Fotos de Havana

Habana Vieja (Foto: Adriana Bittencourt)

Habana Vieja (Foto: Naila Oliveira)

Habana Vieja (Foto: Naila Oliveira)
Habana Vieja (Foto: Adriana Bittencourt)
Habana Vieja (Foto: Adriana Bittencourt)
Habana Vieja (Foto: Adriana Bittencourt)
Habana Vieja (Foto: Adriana Bittencourt)
Museu da Revolução (Foto: Naila Oliveira)
Habana Vieja (Foto: Adriana Bittencourt)

Habana Vieja (Foto: Adriana Bittencourt)

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Curso de fotografia em Cuba com Walter Firmo

Recebi um alerta genial do Blog Aquí me quedo, de BsAs, que sigo há tempos (e que aliás, super indico). Em julho, o fotógrafo Walter Firmo vai dar um curso de fotografia em Cuba! Explorem a galeria de fotos! Achei o máximo.

Workshop "Os Últimos Românticos de Cuba"

Data: 16 a 31 de julho (data sujeita à confirmação)
O workshop inclui uma aula teórica, acompanhamento do fotógrafo durante os dias de viagem e uma avalição posterior do material produzido pelo aluno. O objetivo é fotografar as festividades do carnaval cubano em Santiago de Cuba, assim como o conjunto arquitetônico de Trinidad e os personagens de Havana. E ainda o paraíso de àguas transparenstes e areia branca Cayo Largo.

Para mais informações sobre $ e outros cursos do "moço" aqui pelo Rio, o contato taí:
Fone: +55 21 2521-0544
E-mail:
walterfirmo@gmail.com / contato@walterfirmo.com.br

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

E o Obama, hein?


O tema Barack Obama rendeu algumas conversas nossas com os cubanos. A percepção geral que tivemos é que havia muita expectativa em cima do atual presidente dos Estados Unidos, de que ele iria promover mudanças reais na relação com o governo de Cuba. Há habitantes da ilha que até apostavam no fim do embargo. Mas... Da mesma forma que não retirou as tropas do Afeganistão, Obama nada fez em relação a Cuba.

Nem de longe me atrevo a discutir política internacional. Há muitos anos deixei de acompanhar todos os movimentos e, por isso, todo e qualquer comentário meu é nada além do que pitaco. Mas tendo achar que Obama está sendo um verdadeiro engodo. Fraco, não consegue a mínima aprovação do que quer. O que parece estar abrindo espaço para que os republicanos voltem com força. Aí, se confirmada a tendência, é que Cuba não verá a distensão nas relações.

Mas algo aconteceu na ultima semana. Abaixo, a sequência de notícias sobre o primeiro movimento do Governo norte-americano e, em seguida, a resposta de Raúl Castro.

Seguimos observando para ver no que vai dar.

Obama alivia restrições a Cuba

A Casa Branca anunciou nesta sexta-feira, 14, que o presidente americano, Barack Obama, vai amenizar as restrições para viagens e remessas de dinheiro para Cuba. É a segunda vez que o democrata alivia sanções ao regime dos irmãos Castro e a primeira desde que o governo comunista anunciou reformas de abertura econômica.

Estudantes e grupos religiosos poderão visitar a ilha e cidadãos dos EUA poderão enviar até US$ 500 dólares por trimestre a cidadãos cubanos não vinculados ao regime para incentivar atividades econômicas privadas.

Além disso, qualquer aeroporto americano com serviço aduaneiro e de imigração poderá operar voos charter para a ilha. Trabalhos jornalísticos também terão menos restrições.
"A medida vai aumentar o contato entre os dois povos, apoiar a sociedade civil cubana, aumentar o fluxo de informação e ajudar o povo a conseguir sua independência das autoridades cubanas", informou a Casa Branca, em comunicado.

Cuba reage com cautela às medidas de flexibilização anunciadas pelos EUA

O governo do presidente de Cuba, Raúl Castro, acompanha com cautela as medidas de flexibilização anunciadas pelo governo do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em relação aos cubanos. O pedido de alerta à população sobre a decisão norte-americana está publicado na primeira página do jornal oficial de Cuba, o Granma. Em um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros, o governo diz que as medidas são insuficientes e desconfia dos efeitos das propostas.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Cuba descobre vacina contra câncer de pulmão

Do Portal Terra

Cuba registrou a primeira vacina terapêutica contra o câncer de pulmão avançado no mundo, nomeada CimaVax EGF, com a qual mais de mil pacientes receberam tratamento, anunciou nesta segunda-fera o jornal oficial Trabajadores. A responsável pelo projeto no Centro de Imunologia Molecular (CIM) de Havana, Gisela González, explicou que a vacina oferece a possibilidade de transformar o câncer avançado em uma "doença crônica controlável".

CimaVax EGF é o resultado de mais de 15 anos de pesquisa direcionada ao tumor e não provoca efeitos adversos severos, precisou a especialista. "A vacina é baseada em uma proteína que todos temos: o fator de crescimento epidérmico, relacionado com os processos de proliferação celular, que quando há câncer estão descontrolados", detalhou.

Para ler a matéria completa, clique aqui.

domingo, 9 de janeiro de 2011

Jineterismo

Se você nunca ouviu falar em jineterismo, quando for a Cuba vai saber muito bem o que é. A palavra vem do espanhol jinete, que quer dizer cavaleiro, mas em Cuba ganhou um significado próprio. Com o aumento do turismo, a crise econômica e a incapacidade do Estado de suprir todas as necessidades da população e de produção, cresce em número assustador essa atividade. O jinetero ou a jinetera é a pessoa que vive de trabalhos ilegais ou semi-ilegais em torno do turista. Além da prostituição propriamente dita, há a tentativa de venda de tudo: charutos (geralmente falsificados), descontos em restaurantes e paladares*, dicas turísticas, facilidades em entradas em todo tipo de lugar...

Brasileiro, que adora dar uma de esperto e levar vantagem, não caia nessa!! O cubano se aproxima de você, com um papo simpático e tenta te levar ao local que ele jura ter a melhor comida, o melhor charuto, o rum mais saboroso e barato. Depois disso, ele nunca mais vai sair do seu lado. Creia no poder de insistência de um cubano! Eles são sobreviventes, por isso, não cansam nunca de te amolar.

Em Havana eles são mais profissionais, com técnicas de persuasão um pouco mais apuradas; mas ao viajar para outros destinos turísticos, verá que falta a mínima noção e não é raro você se ver rodeada de pessoas te oferecendo todo tipo de coisas e sequer conseguir andar. Como cena de filme mesmo! Desesperador.

Na colonial Trinidad, resolvi respirar fundo, exercer toda a minha capacidade de sublimação e paciência, e deixar que uma jinetera fosse até o final da sua tarefa. Estávamos buscando um restaurante e Milagros, seu nome (deve ser por isso que coneseguiu que eu, enfim, desse atenção!), grudou no nosso lado dizendo que conhecia o melhor lugar para o nosso grupo. Não descansou até que a seguíssemos. No caminho, cobrei o preço: quis saber de tudo. Enfim, creio que apenas parte do que ela contou seja verdade. Milagros disse que paga 600 pesos cubanos (24 CUCs ou 50 reais) por mês de imposto para ter o direito de exercer a atividade de "guia turística". E, com isso, é contratada pelos restaurantes e paladares para indicar o local para os visitantes da cidade. Ela disse que os restaurantes pagam o salário dela; mas é claro que esse salário é na verdade uma comissão pelo que nós, turistas, consumimos.

De fato ela nos levou a um restaurante belíssimo, La Ceiva, numa mansão colonial bem cuidada, com pátio interno aberto e mesas sob uma árvore centenária. O cardápio tinha sopa de entrada, salada, prato de lagosta, sobremesa e uma bebiba (refrigerante local, água, mojito ou daiquiri). O preço no menu era 15 CUCs por pessoa. "Na mão da Milagros" saiu a 10 CUCs.

A máxima "o barato sai caro" vale também em Cuba. Milagros torrou a nossa paciência. Mexeu na mesa para nos acomodar, levando uma bronca do garçom da casa (o que não a demoveu nem um milímetro); tomou o cardápio de nossa mãos para dizer onde estava o que procurávamos; tentou anotar os pedidos e ficou plantada do nosso lado até o primeiro serviço chegar. Desesperador!!!! Entendemos que só assim ela teve garantia do que consumimos e pode cobrar do restaurante a sua parte.

O governo cubano parece não dar muita atenção para o jineterismo. Não vimos qualquer tipo de movimento para coibir a prática. Afinal, o jineterismo é resultado da falência do modelo. Não há trabalho para todos (esta semana saiu a notícia de mais demissões de funcionários públicos cubanos) e o povo faz qualquer coisa para ter acesso ao CUC, a moeda do turista (já falamos também sobre isso no post O QUE É ISSO, COMPANHEIRO?).

Dicas para evitar a aporrinhação:

1. O jinetero vai tentar todo tipo de língua até perceber que você entendeu o que ele está falando. Finja que você fala marciano, faça cara de paisagem e passe reto

2. Usar um jinetero não é crime, mas portar charutos falsos é. Portanto, para evitar ser preso na hora de embarcar de volta ao Brasil, abra a mão, pague um pouco mais e traga charutos certificados

3. Nem todo cubano simpático é um jinetero, não deixe de se relacionar com a população local, mas desconfie sempre se a pessoa prometer qualquer tipo de coisa a você

4. Use sapatos que facilitem a retirada rápida. Na hora que for cercado, aperte o passo

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*paladares são pequenas pensões familiares, que servem comida. O governo cubano permitiu a menos de uma década a existência desses serviços. O nome foi dado por causa da novela Vale Tudo, sensação atual do canal Viva, na TV fechada. Paladar era o nome do restaurante da personagem de Regina Duarte.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Cuba também é arte...


Quem visita Cuba não tem, necessariamente, o intuito de apreciar obras de artes em museus. Muito mais do que pela arte, a Ilha de Fidel é conhecida pelo seu sistema político, a forma de vida da população e a animação e beleza natural. Mas como acreditamos que a forma de arte de um povo diz muito sobre ele, e tínhamos dias suficientes para conhecer, também, os roteiros mais alternativos, separamos um dia para fazer um tour nos museus cubanos.

Exploramos os Museus de Belas Artes (5 CUC´s a entrada, sem direito à máquinas fotográficas), da Revolução e Memorial Granma (6 CUC´s de entrada, mais 2 CUC´s da Máquina Fotográfica). Admirar de perto as fotos de Fidel e Che e conhecer detalhes da revolução, com documentos históricos como cartas, fotos e até mesmo carros e aviões baleados ou semi-destruídos é imperdível - e até emocionante. Além de tudo isso, a visita ao Museu da Revolução nos brindou, ainda, com o encontro com uma excursão de alunos de escolas cubanas, que desde cedo recebem toda e qualquer influência pró-socialismo e antiamericanismo.

Mas a descoberta que valeu meu dia dedicado aos museus estava no Museu de Belas Artes. Mais do que fotos e documentos históricos, foi o artista Rubén Torres Llorca, nascido em 1957, em Havana, que conseguiu me fazer entender toda a riqueza, sentimento e contradição do povo cubano. Caminhei por belíssimos quadros e expressivas esculturas no terceiro piso, mas a obra batizada pelo sugestivo nome de “esta es tu obra”, no segundo piso, foi o que me paralisou pelos próximos 20 ou 30 minutos, fazendo com que eu encerrasse ali a minha visita ao prédio.

Com mais de 2 metros de altura, a obra de Rubén Torres Llorca é feita de óleo, madeira, gesso policromado e plástico e mescla frases e figuras, ou pequenas esculturas, que expressam a forma de pensar dos moradores da ilha. Enquanto dava a volta na obra de arte, pude entender com um pouco mais de profundidade todas as impressões que havia tido nas minhas conversas com os nativos, na ânsia de entender o que eles pensam sobre o sistema.

As respostas vinham a cada detalhe novo da peça que me saltava os olhos naquela tarde no museu: “Tu conoces el poder e su uso”; Tu conoces el esfuerzo y el valor. la voluntad y la cólera”; Tu conoces el limite y la frontera; “tu conoces que caminos puedes”; “tu conoces la angustia de la victoria”; “tu conoces la ira apreendida. El ódio condicionado”; “tu conoces el tradiciones e concesiones”; “tu conoces la espera, la paciência, el tédio” e “esta es tu obras, este es tu espejo, esta es tu consciência”.

Enfim, como toda a obra, a “esta es tu obra” está aberta a todo tipo de interpretação. Mas, mesmo isenta de toda a criatividade do espectador, a escultura em si própria já é um baita recado e um excelente material de estudo e reflexão. Para quem acha que os Museus são dispensáveis em Cuba, nosso querido escultor Rubén Torres Llorca está ai para provar o contrário.

E, como não poderia deixar de ser, encerro este post com mais uma frase daquele que se tornou meu artista preferido da ilha: “toca la campaña. Es tu oportunidade de ser escuchado”. Para um país em que a liberdade de expressão é vista quase como uma arma, este é um belo recado...



SERVIÇO:

Museu de La Revolución (Calle Refúgio 1) – Instalado no antigo Palácio presidencial do ditador Fulgencio Batista. O edifício foi inaugurado em 1920 e serviu de moradia para 21 presidentes, até 1965. O foco é na revolução, das guerrilhas até o Período Especial (1990). Todos os dias, das 10h às 17h

Memorial Granma – Um pavilhão de vidro e cimento localizado atrás do Museu de La Revolución. Abriga, entre outras coisas, o iate Granma – que em 1956 trouxe Fidel Castro e seus companheiros do México até Cuba para iniciar a luta armada contra Batista e o caminha de entrega usado pelos revolucionários para atacar o palácio em 1957. Todos os dias, das 10h às 17h

Museu de Bellas Artes (Calle Trocadero) – Todo dedicado à arte cubana. São dois andares com galerias divididas em três seções: arte colonial, acadêmica e do século 20. Abre de terça à sábado, das 10h às 18h e domingo das 10h às 14h.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Encontro com Fidel(ito)

Quando decidimos passar as férias em Cuba, sabíamos que não dava para SÓ se divertir como se estivéssemos numa viagem comum de descanso. Saímos do Brasil com a clara intenção de aproveitar ao máximo a oportunidade de estar num país com tantas complexidades, similaridades e diferenças. A primeira ideia, ousada, foi voltar da ilha com material para um documentário. Isso não foi possível. Primeiro porque para realizar qualquer tipo de trabalho jornalístico em Cuba você precisa de um visto especial de entrada para isso. O que certamente tornaria tudo muito oficial e o equilíbrio entre REPORTAGEM e FÉRIAS não seria possível (em detrimento da segunda).

Já no país, percebemos que o cubano tem sim muita vontade de falar sobre a sua realidade, mas esse desejo some em uma fração de segundos se você pede para filmar a conversa. Mesmo assim, nunca tivemos dúvida de que a nossa experiência como turista renderia muitas histórias (que serão contadas aqui no blog, como já prometemos). E, claro, tínhamos a certeza de que a sorte (Amém!) - que nunca nos deixou - atuaria para isso também em Cuba.


Fidelito, filho de Fidel Castro (foto retirada do blog 'El Cafe Cubano')


Dito e feito

Numa noite que prometia ser incrível pelo simples fato de estarmos curtindo um show muito bacana da Ivette Cepeda (falamos sobre isso por aqui ainda de Cuba), o inesperado aconteceu. A poucas mesas de distância da nossa estava ninguém menos que Fidelito, o filho mais velho de Fidel Castro. A foto, como vocês podem comprovar, não deixa dúvidas de quão parecido com o pai ele é. Pedro, nosso amigo cubano, imediatamento lançou o desafio: "Se eu estivesse no Brasil e desse de cara com o Lula, ia falar com ele na hora".

Confesso que vacilei. Em primeiro lugar, Fidelito não é Fidel (o primogênito dos Castro é físico e não trabalha, até que se saiba, no governo cubano). No Brasil, sou veementemente contrária a qualquer abordagem de pessoas públicas que estão em momentos privados como jantar, passeio ou shows. Mas... (sempre tem um mas) Estávamos em Cuba, né? E, claro, não basta ser turista, tem que pagar mico.

De câmera em punho fomos lá eu, Bel, Mari e Andreia Horta - protagonista da série 'A Cura', da TV Globo, que estava no país de férias e foi uma simpatia com a gente (ajudando muitíssimo na pilha de irmos lá falar com o homi). Bem, o que posso dizer é que Fidelito foi um lorde. Gentilíssimo, nos cumprimentou com dois beijinhos, bateu um papo rápido e, numa postura extremamente cortez, não tirou foto com a gente. rsrsrsrsrs

Fidelito retirou a câmera das minhas mãos, apresentou o filho Fidel Castro Neto e sugeriu que tirássemos uma foto com ele porque ele é da nossa idade. O que foi feito pelo próprio. Ao final, pediu que enviássemos muitos beijos ao Brasil, país "parceiro e muito querido pelos cubanos".

Bem, juramos que foi assim.

Abaixo, a foto com Fidel Castro Neto para comprovar.


Mari, Fidel Castro Neto, Naila e Bel.
Foto: Fidelito