quinta-feira, 24 de abril de 2014

Melhor e pior da Tailândia

Depois de três semanas no país, tive uma boa mostra do que há de melhor e pior na Tailândia. Como muitos se interessaram, fiz uma breve seleção de Top 5.

PIORES

1. Sujeira - não existem lixeiras na Tailândia e, por isso, o lixo se amontoa em qualquer lugar. O morador local parece não se importar com isso.

2. Thainglish - Os tailandeses pensam que falam inglês, mas é um dialeto próprio. As entonações são completamente diferente muitas vezes vc não os entende e vice-versa

3. Sorrisos falsos - a Tailândia é conhecida como a terra dos sorrisos, mas não se engane. Eles sorriem te fudendo. O povo definitivamente não é simpático e não dá bola pro turista. Impossível ter uma conversa desinteressada com tailandeses.

4. Sempre perdidos - eles nunca sabem os endereços dos lugares.

5. Comida - creia, apesar de apreciar muito a thaifood, a comida tornou-se um ponto negativo. (Calma, explico!) É que os tailandeses comem o tempo todo e em todos os lugares. Noodles, arroz frito, prawn são do café da manhã ao jantar e tudo fica com cheiro de comida. Uma hora cansa! Dificilmente você conseguirá que te sirvam um suco natural, apesar da abundância de frutas no país.

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MELHORES


1. Paraísos naturais - sabe tudo aquilo que você viu nas fotos? É melhor e mais bonito.

2. Preço - é escandalosamente barato viajar pela Tailândia. Dá pra se sentir rico.

3. Diversidade de belezas - e há todo tipo de beleza no país e, assim, você passa de uma para outra mantendo o estado de surpresa e admiração por toda viagem.

4. Espiritualidade - apesar de ter sim um quê mercadológico, é bacana ter um templo e ver a população local se dedicando à vida espiritual todos os dias, todo tempo. Um convite à oração e reflexão. Basta querer!

5. Thainglish - esse ponto entra também como algo positivo. Apesar de ser um dialeto próprio, em todos os lugares que fomos, do taxista ao vendedor da birosca, todos sabem alguma coisa de inglês e tentam se comunicar com vc. Vale lembrar que o Tailandês tem um alfabeto próprio, quase um hiregloglifo pra nós e ainda assim tentam. Já imaginaram como vai ser na Copa no Brasil?

"MINI-SEQUESTRO" em Dubai


Quando uma agência de turismo que você sequer contratou consegue (quase) estragar sua viagem


Uma amiga e eu resolvemos aproveitar uma conexão da Emirates Airlines no final da nossa viagem pela Tailândia, para ficar dois dias em Dubai e conhecer a cidade. Como tínhamos pouco tempo, selecionamos dois programas que queríamos muito fazer para encaixar no curto período. Um deles era o Safari no Deserto com Jantar Beduíno. Apesar de saber ser um programa genuinamente voltado para o turista, era a única forma de em pouco tempo vivenciar esse tipo de experiência.

Qualquer um que der uma busca na internet vai achar dezenas de agências que realizam esse tipo de passeio. Você encontra fácil também relatos de pessoas que consideraram alguns desses serviços uma verdadeira cilada, levando pra um mesmo lugar grupo de 100, 200 pessoas em ônibus, sem que você consiga desfrutar de nada direito.

Por isso, fizemos pesquisa em sites e blogs especializados e buscamos indicações de pessoas conhecidas. Chegamos até uma agente de viagem brasileira, que organiza passeios em Dubai com agências locais sérias, com foco em experiências  individualizadas em grupos pequenos de no máximo 50 pessoas (sobretudo executivos que trabalham ou estão de passagem pelos Emirados Árabes), com local exclusivo no deserto, carros 4x4 confortáveis, etc. A vantagem seria resolver tudo em português e garantir o sucesso do tour (indico veementemente esse ótimo serviço e falo sobre ele aqui). Era exatamente o que procurávamos a um preço justo. Tudo fechado, era só estar no lobby do hotel na hora combinada.

A PARTIR DAÍ COMEÇA UMA SEQÜÊNCIA DE ERROS DE TERCEIROS QUE QUASE COLOCOU TUDO A PERDER.

1) IBIS AL RIGA - hotel sem cuidado com o hóspede

O nosso guia contratado - um português gente finíssima chamado Victor - ligou para o Ibis Al Riga, hotel em que estávamos hospedadas, para informar que ao invés de 16h, nos buscaria por volta de 16h30. Apesar de eu ter avisado na recepção do Ibis que estava aguardando esse tipo de mensagem, a equipe do hotel não nos repassou o recado, o que fez toda diferença para que caíssemos numa cilada.

* Cabe registrar que não há dúvidas de que houve negligência do Ibis, porque o guia de fato deixou recado, mas ele só nos foi entregue - pasmem!!! - na manhã do dia seguinte.

2) AGÊNCIA RAYNA TOURS MANDA MOTORISTA BUSCAR EM HOTEL ERRADO

Às 16h, um motorista se apresentou no lobby do hotel para nos buscar. No momento ele se identificou, mas não memorizei o nome. Tudo parecia correto, de acordo com o que contratamos. Fomos buscar as outras duas pessoas do carro para dar início ao tour pelo deserto.

A região do Deira, em Dubai, possui dois hotéis da rede Ibis e a outra dupla estava nele. Eram duas mulheres da Nigéria, que também aguardavam no lobby do hotel, entraram no carro e pegamos a via para o deserto.

Pouco antes de sairmos do centro de Dubai, alguém da agência ligou para o motorista e disse que ele havia cometido um erro e pegado duas pessoas de outro passeio no segundo Ibis. Retornamos ao hotel das nigerianas, que desceram do carro e deram lugar a um casal de indianos.

Neste momento, me acendeu um sinal de alerta e eu perguntei ao motorista se ele estava seguro de que minha amiga e eu éramos as pessoas corretas que ele deveria buscar. Mostrei voucher da nossa reserva, a grafia dos nossos nomes, e ele nos assegurou que sim.

Com já algum atraso, retomamos o caminho, agora com turistas indianos a bordo.

Passados uns 20 minutos, o motorista recebe nova ligação e nos informa que minha amiga e eu não deveríamos estar naquele carro e que estava retornando. Aí começa o nosso calvário!

3) MOTORISTA PAQUISTANÊS DA AGÊNCIA FALCATRUA NÃO FALAVA DIREITO INGLÊS

Somente por causa do casal indiano soubemos que o motorista da agência RAYNA TOURS era paquistanês e não entendia muito bem inglês. Eles foram uma espécie de intérpretes e anjos que nos ajudaram a resolver o problema. Nesse meio tempo, já tinha passado mais de 1h, tínhamos perdido o nosso verdadeiro guia (que ficou aguardando 30min no lobby do IBIS AL RIGA e a equipe do hotel dizia que não tinha nos visto sair). O motorista da RAYNA TOURS, dirigia em círculos pela cidade, dizendo que o problema não era dele e que nos deixaria no meio da rua em Dubai.

Ligamos pra Platinum Heritage, a agência que nós tínhamos verdadeiramente contratado, que nos explicou que não podia voltar com o guia pra região do Deira, mas que ele nos aguardaria no caminho para, assim, não perdermos o passeio. Bastava que o motorista responsável pelo erro nos deixasse lá.

Não poderia ser tão simples!!

Agência que não é séria e comete erros como o de informar hotel errado ao motorista, não poderia contratar pessoas decentes (não estou nem mais pedindo profissionais). O tal motorista se recusava a nos levar para o segundo local, nos tratava com ignorância e dizia que nada podia fazer.

Tivemos duas sortes:

1a. - o casal indiano foi um amor.


A despeito de eles também estarem perdendo o seu próprio passeio com tamanho atraso, eles compraram a nossa briga e falavam na mesma língua com o motorista, traduzindo os nossos diálogos e exigindo que ele agisse corretamente. E não só isso! O casal nos emprestou várias vezes o celular para que a todo momento contactássemos a agência correta, e o nosso verdadeiro guia, não precisando gastar ligação internacional (foram 8 ligações até a completa solução).

*** Falo melhor sobre o casal de anjos indianos aqui ****

2a. - Victor, o português gente fina que nos deu segurança e a solução

Nesse momento já bem nervosas e dispostas a desistir do passeio. Mas sem saber exatamente em que local de Dubai estávamos, com um motorista grosseiro, que não nos explicava nada.  Nós duas, sozinhas nessa babel de línguas, dialetos e costumes diferentes, num país com regras bem distintas da nossa. Victor, o guia da agência Platinum Heritage, pareceu um oásis no deserto. O conforto de falar português já nos deu um primeiro alento. E ele não só nos acalmou e convenceu de que conseguiríamos fazer o passeio com qualidade e segurança apesar de já haver passado mais de 2h; como deu a solução: informar ao motorista de que a nossa agência chamaria a polícia caso ele não nos deixasse no lugar indicado por ele.

Ao falar em polícia, o motorista paquistanês arregalou o olho e mudou de atitude. Parou o carro, desceu, falava ao telefone de forma agitada e nervosa. Com orientação do guia Victor, fotografamos a placa do carro e os detalhes da agência falcatrua RAYNA TOURS e mantivemos a posição firme de que a polícia estava sendo chamada. Evidentemente contrariado, o paquistanês (que recusou, claro, a repetir o seu nome), nos levou, enfim, ao local indicado pelo guia Victor.

Se dependêssemos do IBIS AL RIGA, da agência RAYNA TOURS, e do motorista paquistanês; teríamos saído sem o passeio pelo deserto e bastante mal impressionadas de Dubai. Por isso, recomendo fortemente que não se hospedem nesse hotel (ele não vale a pena também por outros motivos, como registramos no Trip Advisor e no Booking.com) e nunca contratem esta agência.

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SE TODA HISTÓRIA TEM UM FINAL FELIZ, A NOSSA NÃO É UMA EXCEÇÃO QUE CONFIRMA A REGRA

Diante de todo esse sufoco relatado, podíamos ter perdido o clima do passeio de férias e saído frustradas. Mas a nossa escolha pela agente brasileira Juliana Franceschini e pela agência Platinum Heritage contratada por ela se provou mais que acertada. Eles foram perfeitos não só em fazer de tudo para resolver o problema e nos dar segurança; mas também em nos proporcionar um passeio de alta qualidade.

A Platinum Heritage é a única agência credenciada que realiza o Safari pelo Deserto com Jantar Beduíno na Reserva de Dubai, uma ampla região de propriedade do sheik que é financiada com parte da renda da Emirates Airlines.

O passeio e o jantar foram além das expectativas. Os carros 4x 4 eram Land Rovers antigas lindas; a experiência com os falcões, informativa e divertida; o local do jantar ambientado de maneira confortável e muito bonita; a comida deliciosa, a equipe local muito agradável; as atrações na medida certa. Foi perfeito! E pra fechar o pacote, o grupo que nos acompanhava com o guia Victor - um casal australiano moradores de Dubai que recebia a visita de um amigo - era de simpatia ímpar. Eles também acabaram tendo seu passeio atrasado, mas compreendam o nosso drama de forma incrível e ainda nos brindaram com uma companhia agradável, inteligente, afável; nos proporcionando ótimas conversas (falo melhor sobre isso aqui).

A agência Platinum Heritage - que não teve absolutamente nada a ver com toda a confusão - ainda teve a cortesia de nos dar um pedido de desculpas (a nós e ao trio da Austrália) com um brinde especial com uma espécie de champanhe local (sem álcool, claro, porque a bebida não é permita no pais).

A experiência podia ter sido péssima, mas foi maravilhosa por nos mostrar que fizemos a escolha certa de profissionais e serviços.

POR ISSO, INDICO FORTEMENTE:

- Juliana Franceschini - agente brasileira em Dubai (jujuaires@gmail.com)

- Platinum Heritage - agência de Safari no Deserto - http://www.platinum-heritage.com/heritage-collection/heritage-dinner-safari

- Victor - guia português em Dubai - tel:0529102558