segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Encontro com Fidel(ito)

Quando decidimos passar as férias em Cuba, sabíamos que não dava para SÓ se divertir como se estivéssemos numa viagem comum de descanso. Saímos do Brasil com a clara intenção de aproveitar ao máximo a oportunidade de estar num país com tantas complexidades, similaridades e diferenças. A primeira ideia, ousada, foi voltar da ilha com material para um documentário. Isso não foi possível. Primeiro porque para realizar qualquer tipo de trabalho jornalístico em Cuba você precisa de um visto especial de entrada para isso. O que certamente tornaria tudo muito oficial e o equilíbrio entre REPORTAGEM e FÉRIAS não seria possível (em detrimento da segunda).

Já no país, percebemos que o cubano tem sim muita vontade de falar sobre a sua realidade, mas esse desejo some em uma fração de segundos se você pede para filmar a conversa. Mesmo assim, nunca tivemos dúvida de que a nossa experiência como turista renderia muitas histórias (que serão contadas aqui no blog, como já prometemos). E, claro, tínhamos a certeza de que a sorte (Amém!) - que nunca nos deixou - atuaria para isso também em Cuba.


Fidelito, filho de Fidel Castro (foto retirada do blog 'El Cafe Cubano')


Dito e feito

Numa noite que prometia ser incrível pelo simples fato de estarmos curtindo um show muito bacana da Ivette Cepeda (falamos sobre isso por aqui ainda de Cuba), o inesperado aconteceu. A poucas mesas de distância da nossa estava ninguém menos que Fidelito, o filho mais velho de Fidel Castro. A foto, como vocês podem comprovar, não deixa dúvidas de quão parecido com o pai ele é. Pedro, nosso amigo cubano, imediatamento lançou o desafio: "Se eu estivesse no Brasil e desse de cara com o Lula, ia falar com ele na hora".

Confesso que vacilei. Em primeiro lugar, Fidelito não é Fidel (o primogênito dos Castro é físico e não trabalha, até que se saiba, no governo cubano). No Brasil, sou veementemente contrária a qualquer abordagem de pessoas públicas que estão em momentos privados como jantar, passeio ou shows. Mas... (sempre tem um mas) Estávamos em Cuba, né? E, claro, não basta ser turista, tem que pagar mico.

De câmera em punho fomos lá eu, Bel, Mari e Andreia Horta - protagonista da série 'A Cura', da TV Globo, que estava no país de férias e foi uma simpatia com a gente (ajudando muitíssimo na pilha de irmos lá falar com o homi). Bem, o que posso dizer é que Fidelito foi um lorde. Gentilíssimo, nos cumprimentou com dois beijinhos, bateu um papo rápido e, numa postura extremamente cortez, não tirou foto com a gente. rsrsrsrsrs

Fidelito retirou a câmera das minhas mãos, apresentou o filho Fidel Castro Neto e sugeriu que tirássemos uma foto com ele porque ele é da nossa idade. O que foi feito pelo próprio. Ao final, pediu que enviássemos muitos beijos ao Brasil, país "parceiro e muito querido pelos cubanos".

Bem, juramos que foi assim.

Abaixo, a foto com Fidel Castro Neto para comprovar.


Mari, Fidel Castro Neto, Naila e Bel.
Foto: Fidelito

6 comentários:

  1. Eu sinceramente acho que essa coisa de não abordar famosos, pessoas públicas, etc, é muito do ar blasé do carioca. Gente de qualquer outro lugar do Brasil aborda porque tem uma relação de admiração entietada - não importa o motivo - com o abordado. Talvez porque no Rio estão todos os grande artistas, o carioca se acostumou com o fato de encontrá-los na rua. Não sei... o que posso dizer que é fico feliz que vcs abordaram o Neto pq teriam perdido o registro do momento de uma grande história pra contar pra gente. Aliás, o que seria dos documentaristas sem a cara-de-pau de abordar e filmar o real que se passa em volta? Valeu!

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  2. Como diria a própria Mari: não tenho roupa para ser amiga de vocês! Muito chiques! Muito finas! ;)

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  3. ah, esse povo q abraça neto e filho de Fidel como se fossem amigos de infância ... eheh

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  4. Como diria Mari Dantas: "É porque nós somos felizes!!!"

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