terça-feira, 18 de janeiro de 2011

E o Obama, hein?


O tema Barack Obama rendeu algumas conversas nossas com os cubanos. A percepção geral que tivemos é que havia muita expectativa em cima do atual presidente dos Estados Unidos, de que ele iria promover mudanças reais na relação com o governo de Cuba. Há habitantes da ilha que até apostavam no fim do embargo. Mas... Da mesma forma que não retirou as tropas do Afeganistão, Obama nada fez em relação a Cuba.

Nem de longe me atrevo a discutir política internacional. Há muitos anos deixei de acompanhar todos os movimentos e, por isso, todo e qualquer comentário meu é nada além do que pitaco. Mas tendo achar que Obama está sendo um verdadeiro engodo. Fraco, não consegue a mínima aprovação do que quer. O que parece estar abrindo espaço para que os republicanos voltem com força. Aí, se confirmada a tendência, é que Cuba não verá a distensão nas relações.

Mas algo aconteceu na ultima semana. Abaixo, a sequência de notícias sobre o primeiro movimento do Governo norte-americano e, em seguida, a resposta de Raúl Castro.

Seguimos observando para ver no que vai dar.

Obama alivia restrições a Cuba

A Casa Branca anunciou nesta sexta-feira, 14, que o presidente americano, Barack Obama, vai amenizar as restrições para viagens e remessas de dinheiro para Cuba. É a segunda vez que o democrata alivia sanções ao regime dos irmãos Castro e a primeira desde que o governo comunista anunciou reformas de abertura econômica.

Estudantes e grupos religiosos poderão visitar a ilha e cidadãos dos EUA poderão enviar até US$ 500 dólares por trimestre a cidadãos cubanos não vinculados ao regime para incentivar atividades econômicas privadas.

Além disso, qualquer aeroporto americano com serviço aduaneiro e de imigração poderá operar voos charter para a ilha. Trabalhos jornalísticos também terão menos restrições.
"A medida vai aumentar o contato entre os dois povos, apoiar a sociedade civil cubana, aumentar o fluxo de informação e ajudar o povo a conseguir sua independência das autoridades cubanas", informou a Casa Branca, em comunicado.

Cuba reage com cautela às medidas de flexibilização anunciadas pelos EUA

O governo do presidente de Cuba, Raúl Castro, acompanha com cautela as medidas de flexibilização anunciadas pelo governo do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em relação aos cubanos. O pedido de alerta à população sobre a decisão norte-americana está publicado na primeira página do jornal oficial de Cuba, o Granma. Em um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros, o governo diz que as medidas são insuficientes e desconfia dos efeitos das propostas.

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